quarta-feira, 26 de setembro de 2007

O meu pensamento e o meu coração hoje

estão com uma Sara que eu nunca conheci.

Numa menina-bébé que morreu a 27 de Dezembro de 2006, com 2 anos e meio, porque sofria maus tratos de uma mãe que nunca a amou, e que sempre a rejeitou pela sua fragilidade...

Poderá algum dia uma mãe ter preferências por um filho em relação a outro?

Poderá algum dia uma mãe justificar estes comportamentos, só porque a vida foi madrasta com ela?

Poderá algum dia esta mãe ser amada pelos outros filhos?

Tenho o coração muito apertado e só queria poder enchê-la com os mimos e os abraços que na sua pouca existência lhe faltaram...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Este ano

e ao contrário do que imaginei, a Sara entrou para o jardim da Ana.



É vê-las empolgadas todas as manhãs nas suas rotinas, ansiosas pelas 9:00h.



Como já tinha relatado anteriormente dão-se muito bem, e apesar de também terem os seus momentos maus, quase que de imediato negoceiam para poderem partir para mais uma brincadeira juntas.



Hoje pela manhã, depois de estarem prontas para tomar o pequeno-almoço, enquanto espreitam a ilha das cores, a Sara cisma com as jardineiras de ganga que não queria levar para a escola, só para poder mostrar a camisola que trazia vestida e, apesar de lhe ficarem lindamente e da Ana a ter gabado vezes sem conta, a garina acabou por me dizer entre dentes:
- eu gosto mamã deste macaco!
- gostas? ainda bem porque não vais mudar de roupa...
A Ana olha para mim de lado, e eu desconfiada por tamanha mudança de opinião, resolvo investigar. Tiro-a da cadeira, e dou com uma perna das jardineiras completamente molhada.
- Diz a Ana: só entornou o leite por cima dela, mãe! deixa lá, ela é pequenina!!!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Só se dá beijos na boca quando se casa

não é mãe? - pergunta a Sara vezes sem conta.

Quando a fui buscar na sexta feira, encontramos no caminho a "tia" (filha da "avó" que toma conta dos três), e parei para que a Sara lhe desse mais um beijo.

Enquanto conversavamos e ela se "metia" com o Pedro e a Sara, chegou o namorado.

Beijinho para aqui, beijinho para ali, bom fim de semana e eu arranco.

A Sara muito pronta:

- Eles agora vão casar, mãe!
- Porquê Sara?
- Tu é que não viste, mas iam dar beijinhos na boca!

Admiro

muito a responsabilidade da minha menina mais velha...
Na passada 6ª feira, chegou muito contente da consulta de oftalmologia, recebeu os parabéns do médico que conseguiu perceber o cumprimento rigoroso da sua parte, no que disse respeito à colocação do penso na vista.
O médico pediu que o penso fosse colocado durante 5 dias consecutivos na vista esquerda e 1 dia na direita, durante 3 meses. Isto porque a vista esquerda avançou melhor que a direita e tal como ela diz, por a direita ser preguiçosa tem que tapar a esquerda.
A colocação do penso foi por isso efectuada por ela, todas as manhãs depois de verificar o plano que o pai lhe fez com as respectivas datas.
Agora, e durante 6 meses vai andar só com os óculos e esperar que a vista direita deixe de ser preguiçosa!!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Foi neste dia


mas em 1998.


Um dia que acordou sereno, com um calor que nos abraçou até a noite cair, até o sol se despedir do nosso dia...


Passados 9 anos encontro em nós um "amor sentimental".


O amor sentimental sente paz, anda devagar, ri e chora, mas não se consome e dilacera nos actos.


É doce, mas não enjoativo.


Pica, mas não nos queima a boca.


O amor sentimental sabe bem, contenta, alimenta, pacifica.


Os grandes amantes são aqueles que se tornam bons e saudáveis companheiros.


O nosso amor é apenas isso!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Setembro

É sinónimo de regresso e recomeço... ao trabalho, à escola, às actividades extra.
Ontem para mim, começaram as aulas de hidroginástica que terão lugar na minha agenda três vezes por semana, pelas 20:50h.
Será concerteza uma forma de relaxar, depois de um dia de trabalho, e ainda das rotinas impostas pela gestão de uma família numerosa.
Claro está, que nada disto seria possível sem a ajuda preciosa do F., meu braço mais que direito, que se encarrega de orientar as gordas e o gordo depois do jantar, que já fica pronto e na mesa.
Depois da aula, pelas 22:00h, chego a casa e já estava tudo apagado. Dormiam todos, menos a princesa do meio que depois de me sentir, desceu as escadas para me dizer que não conseguia dormir por estar à minha espera.
Subi com ela, mimei-a, ela enfiou o polegar na boca e em menos de nada estava a dormir.
Como se a minha presença fosse imprescindível para ter uma noite descansada...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

O meu princípe

cresce a olhos vistos.
Sentado na sua cama, agarra-se às grades e levanta-se num ápice, soltando gargalhadas sonoras.
Depois dos dois dentes cá fora, já nos brinda com "pai", "ai" e "papa".
O delírio das irmãs com as suas façanhas faz com que não o larguem enquanto não diz o que elas querem ouvir.
De um lado, a Sara diz: bola, Pedro diz bola.
Do outro a Ana: Pedrinho, olha a mana, diz Ana - e ouve-se: "Dada"
Dá pulinhos de alegria repetindo: ouviste mãe, ele diz Ana!
Também nós pais deliramos, como se fossem as primeiras palavras, do primeiro filho!